A trilha que leva para os três atrativos é um caminho secular utilizado pelos tropeiros que ligava o Vale do Capão ao povoado da Volta da Serra. Durante todo o trajeto é possível avistar ruínas desse período, como muros de pedra que funcionavam como contenção para a passagem das tropas. A Cachoeira das Rodas possui esse nome pois, no mesmo período, suas águas eram utilizadas para gerar energia através de rodas d’água que pilavam o café produzido no local.
Neste trecho do Parque Nacional também ocorre uma formação florestal diferenciada, conhecida como caatinga de altitude, que só existe na Chapada Diamantina, onde predomina uma árvore conhecida por angiquinho, além de muitas palmeiras licuri, que dá um coquinho bem pequeno. Ela é diferente da caatinga por ter poucas plantas com espinhos, sendo uma mata baixa, geralmente com menos de cinco metros de altura.
Este passeio pode ser feito em circuito, passando pelos três pontos turísticos, ou conhecê-los de forma independente. Até a Cachoeira das Rodas a trilha é plana, depois desse ponto é iniciado um trecho de descida, onde é obrigatório seguir pelo caminho demarcado e não fazer atalhos: o que evita a erosão e o assoreamento do rio.
A cachoeira do Rio Preto é a mais procurada, possuindo uma pequena queda d’água de 4 metros e uma piscina natural de cerca de 50 metros de extensão. O último trecho para chegar no local leva em torno de 10 minutos em terreno íngreme e irregular, o que requer atenção redobrada. O ICMBio está realizando mudanças no traçado da trilha para diminuir o impacto da visitação. Fique atento às placas e siga o caminho e orientações indicadas.
. Atividades permitidas: trekking, banho de rio, observação de aves.
. Localização
Parque Nacional da Chapada Diamantina, distrito do Vale do Capão, município de Palmeiras.
. Ponto de partida
Vale do Capão
. Tipos de transporte
Carro – 1 km partindo da vila do Capão até o estacionamento do Rio Preto.
. Duração média do passeio
1 dia
. Distância média a pé
6 km – circuito completo
6 km – ida e volta para Ponte Velha
5 km – ida e volta para o Rio Preto e Rodas
O ICMBio recomenda a contratação de um condutor de visitantes. Ele pode enriquecer a sua viagem com atividades como observação de aves e escalada, além de apresentar a geologia, botânica e história da região. Em caso de acidentes ele irá prestar os primeiros socorros e acionar um resgate.
As trilhas do Parque Nacional são rústicas e não possuem sinalização. Resgates em áreas naturais são complexos, caros e demorados.
Utilizar máscara durante todo o período no interior do Parque Nacional, exceto em atividades como banhos, flutuação e alimentação. Caso haja necessidade de retirá-la (casos de mal-estar, por exemplo), deve-se ampliar o distanciamento (4 a5 m);
● Formar grupo de no máximo 10 pessoas, incluindo a eventual contratação de guia/condutor de visitantes e seu auxiliar;
● Manter distanciamento de 2m de outros visitantes;
● Evitar compartilhamento de equipamentos (como celular, máquina fotográfica, lanterna, luvas, cajado, binóculo, capacetes, mosquetões, mochilas, garrafas de água, cordins etc.). Higienizar as mãos e equipamentos com álcool gel 70% caso haja necessidade de troca de equipamentos;
● Higienizar as mãos com álcool gel 70% em cada parada ou logo após trechos com obstáculos ou de “escalaminhada”, em que seja necessário apoiar as mãos em alguma superfície (rocha, árvore e raiz, entre outras);
● Embale corretamente e descarte resíduos contaminantes, como máscaras e luvas, fora do Parque Nacional e seguindo as normas municipais.
O Parque Nacional da Chapada Diamantina não possui guaritas ou controles de acesso, portanto, o limite de visitantes a seguir é uma sugestão para que profissionais de turismo e visitantes contribuam para o
mínimo impacto e realizem uma visitação segura.